Meta muda modelo de publicidade após pressão da União Europeia
A União Europeia obrigou a Meta a mudar a maneira como exibe anúncios no Facebook e no Instagram. A partir de janeiro, usuários poderão escolher se compartilham todos os dados para publicidade personalizada ou só o mínimo para anúncios menos direcionados. A medida encerra meses de atrito, depois de Bruxelas alertar a empresa sobre descumprimento da Lei dos Mercados Digitais e aplicar uma multa de 200 milhões de euros por violações registradas entre 2023 e 2024, mas essa mudança evita novas penalidades diárias e força a Meta a adotar um modelo de consentimento considerado “efetivo” pelos reguladores. (Reuters)
Trump anuncia decreto para unificar regulação de IA nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que assinará ainda esta semana um decreto presidencial para impedir que cada estado do país tenha sua própria regra sobre inteligência artificial. Ele afirmou que o país precisa de “uma única regra” para continuar liderando a tecnologia e que não faz sentido exigir que empresas busquem aprovações em 50 estados para avançar projetos. Informações ainda apontam que a Casa Branca avalia um texto que permitiria anular legislações estaduais por meio de ações judiciais e da retenção de verbas federais. (Financial Times)
Paramount lança oferta hostil e tenta retomar disputa pela Warner; Trump vê “problema” no acordo da Netflix com a Warner
A Paramount reacendeu a disputa pela Warner Bros. Discovery ao lançar uma oferta hostil pela companhia, movimento que acontece quando um comprador ignora a direção da empresa e leva a proposta direto aos acionistas. O estúdio quer pagar os mesmos US$ 30 por ação rejeitados pela Warner, e por US$ 54 bilhões em compromissos de dívida. A ideia seria reverter a derrota para a Netflix, que fechou na sexta o acordo de US$ 72 bilhões pelos estúdios e pelo streaming HBO Max, mas que já enfrenta ceticismo regulatório por unir duas plataformas dominantes. (CNBC)
Netflix anuncia compra da Warner Bros por US$ 82,7 bi, mas acordo acende alerta antitruste
No maior movimento de sua história, a Netflix anunciou ter fechado um acordo para comprar os estúdios de cinema e TV da Warner Bros., além da unidade de streaming HBO Max, por US$ 82,7 bilhões, incluindo dívidas. O anúncio pode encerrar a disputa que envolve Paramount, Skydance e até conversas com a Comcast, mas a conclusão ainda deve levar de 12 a 18 meses, após o desmembramento das redes Discovery. O CEO da Netflix, Ted Sarandos, chamou o negócio de “oportunidade rara”, que cria um gigante com mais de 400 milhões de assinantes e um catálogo que vai de Harry Potter a Stranger Things. A operação, porém, deve enfrentar barreiras: a Paramount acusa a Warner de favorecer a Netflix e afirma que o processo deixou de ser competitivo. (CNBC)
New York Times processa Perplexity por uso indevido de conteúdo jornalístico
O New York Times entrou na Justiça contra a Perplexity por uso indevido de conteúdo, acusando a startup de extrair e resumir reportagens do jornal, inclusive material protegido por paywall, para alimentar seus produtos de inteligência artificial sem licença nem pagamento. O Times diz que a empresa reproduz trechos quase literais e até atribui informações distorcidas ao veículo, em um embate que acompanha outras ações abertas neste ano por publicações como Chicago Tribune, News Corp, Merriam-Webster e Nikkei. (TechCrunch)
União Europeia multa X em 120 milhões de euros por falhas na Lei de Serviços Digitais
A União Europeia multou o X em 120 milhões de euros por descumprir regras da Lei de Serviços Digitais, que exige mais transparência e ação contra conteúdo ilegal, mas isso reacendeu um atrito com Washington, onde autoridades chamaram a decisão de ataque a empresas americanas. A Comissão diz que a punição é proporcional e não tem relação com censura, enquanto a investigação sobre o TikTok segue aberta após a empresa se comprometer com ajustes para evitar uma penalidade. Além disso, o órgão europeu apontou problemas no selo azul do X, no repositório de anúncios e no acesso de pesquisadores a dados públicos. A plataforma terá de 60 a 90 dias úteis para se adequar às exigências, sob risco de novas multas que podem chegar a 6% da receita global. (Reuters)
Google e Embraer fecham acordo para desenvolver IA na aviação
O Google e a Embraer anunciaram um acordo para estudar aplicações de inteligência artificial na aviação. O memorando de entendimento prevê avaliar onde a tecnologia pode acelerar pesquisa, desenvolvimento e processos industriais dentro da fabricante brasileira, que já vem ampliando o uso de IA e digitalização em suas operações. A parceria envolve áreas como Google DeepMind e Google Cloud e mira oportunidades que vão de eficiência operacional a novos modelos de projeto e manutenção. Nos próximos meses, as duas empresas conduzem estudos conjuntos para decidir em quais frentes a cooperação avançará. (CNN Brasil)
União Europeia investiga Meta por suposto bloqueio de rivais de IA no WhatsApp
Em mais uma investigação antitruste, a Meta entrou na mira da União Europeia novamente, agora devido à integração de ferramentas de inteligência artificial no WhatsApp. Reguladores querem entender se a nova política da empresa, que passa a valer totalmente em 2026, limita o acesso de concorrentes à plataforma e favorece o próprio sistema de IA da companhia. A investigação foi aberta após queixas de startups europeias, que dizem ter sido bloqueadas ao tentar operar assistentes dentro do aplicativo. Por isso, a UE não descarta medidas e lembra que a Meta pode ser multada em até 10% do faturamento global se for considerada culpada de abuso de posição dominante. A empresa afirma que as denúncias são infundadas e atribui os bloqueios ao aumento do tráfego causado por chatbots externos. (Reuters)
Meio em vídeo: Código vermelho na OpenAI? O alerta da grande concorrência do ChatGPT com o Google | Pedro+Cora
Meio em vídeo. No Pedro+Cora, os jornalistas Pedro Doria e Cora Rónai falam sobre o alerta “código vermelho” que Sam Altman declarou diante da grande concorrência contra o ChatGPT. No papo, discutem sobre o momento crítico do chatbot da OpenAI e como a empresa está trabalhando para sair na frente e ser melhor que as IAs desenvolvidas pelo Google. (YouTube)