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Economia

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Compra do Master pelo BRB se assemelha a programa dos anos 90

A incorporação do Banco Master pelo BRB lembra, em parte, a lógica do Proer, programa de reestruturação bancária lançado em 1995 que incentivou a fusão entre bancos com problemas e instituições mais sólidas, muitas vezes com injeção de recursos públicos. Naquele momento, o Unibanco incorporou o Banco Nacional com apoio do Banco Central, o programa chegou a envolver R$ 16 bilhões em valores da época. Desta vez, não há expectativa de socorro direto do governo ou do BC, mas o risco está nos bastidores da operação. O BRB afirma que está juridicamente protegido e que o valor da compra pode ser revisto se forem detectados problemas nos ativos do Master. (Estadão)

Ibovespa recua 1,25% com cautela global; dólar cai a R$ 5,70

O Ibovespa fechou a segunda-feira em queda de 1,25%, aos 130.259 pontos, pressionado pela cautela dos investidores diante do chamado “Dia da Libertação”, marcado para a próxima quarta-feira nos EUA, quando Donald Trump deve anunciar tarifas de importação recíprocas. O temor de uma escalada protecionista global minou o fôlego do índice, que até chegou a recuperar os 131 mil pontos ao longo do dia, mas perdeu força no fechamento. No mês, a bolsa acumulou alta de 6,08%, ficando abaixo da marca histórica de agosto do ano passado. Já o dólar à vista fechou março cotado a R$ 5,70, em queda de 3,57% no mês, após cair 0,97% na véspera. Lá fora, o Nasdaq fechou próximo à estabilidade, com queda de 0,02%, mas o S&P 500 subiu 0,55% e o Dow Jones avançou 1,00%, aos 42.001 pontos. (InfoMoney)

Brasil pode perder até US$ 10 bilhões se Trump aplicar tarifas, estima BTG

Segundo cálculos do BTG Pactual, o Brasil perderia perto de US$ 3 bilhões na balança comercial se os EUA aplicarem uma tarifa recíproca de 5,8%. Em um cenário mais extremo, com alíquota linear de 25%, as perdas podem superar os US$ 10 bilhões já em 2026. O impacto, segundo o banco, seria agravado em caso de intensificação da guerra comercial entre EUA e China, o que derrubaria a demanda por commodities brasileiras e pressionaria os preços globais. O setor siderúrgico já sente os efeitos desde as tarifas impostas por Trump sobre aço e alumínio. Produtos como aeronaves, materiais de construção, etanol e petróleo estão entre os mais vulneráveis. A equipe do BTG avalia que o Brasil pode virar alvo se Washington adotar retaliações generalizadas, mas há chance de escapar se o foco for em países com grandes déficits comerciais com os EUA. (Money Times)

Haddad anuncia plano de captação climática de US$ 1,3 trilhão até 2035

Durante palestra na universidade Sciences Po, em Paris, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o Brasil pretende liderar a mobilização de ao menos US$ 1,3 trilhão até 2035 para financiamento climático em países em desenvolvimento. A meta faz parte da agenda brasileira no G20 e do Plano de Transformação Ecológica, e mira a COP30, em Belém, como um marco de implementação de políticas ambientais concretas. “A COP30 entrará para a história como a COP da implementação”, disse o ministro. Haddad destacou ainda o protagonismo do país no Roadmap Baku-Belém, que busca canalizar trilhões de dólares para a agenda verde global, e defendeu a criação do fundo Tropical Forest Forever Facility, que quer transformar doações em investimentos permanentes na proteção de até 1 bilhão de hectares de florestas tropicais. Em tom crítico, o ministro apontou o uso de práticas ambientais como fachada para protecionismo e alertou para uma possível nova ordem mundial bipolarizada, menos colaborativa. Para ele, medidas como a taxação de carbono sobre importações estariam sendo usadas como instrumentos de guerra comercial. (Globo)

Startup de IA para descobertas médicas levanta US$ 600 milhões com Google

A Isomorphic Labs, empresa que usa inteligência artificial para acelerar a descoberta de medicamentos, levantou US$ 600 milhões em sua primeira rodada de financiamento externo. O aporte foi liderado pela Thrive Capital e contou com a participação da Alphabet, controladora do Google, e da Google Ventures. Fundada em 2021 como um desdobramento da DeepMind, a Isomorphic ganhou destaque após desenvolver o AlphaFold, modelo de IA capaz de prever estruturas de proteínas com alta precisão. A startup, sediada em Londres, pretende usar os recursos para ampliar sua pesquisa, contratar talentos e iniciar testes clínicos de medicamentos desenvolvidos por IA até o fim de 2025. (Reuters)

Petrobras reduz preço do diesel nas refinarias em R$ 0,17

A Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,17 no preço do óleo diesel nas refinarias. Com o corte, o litro passa a custar, em média, R$ 3,55, uma queda de 4,6%. É a primeira redução do ano e o segundo ajuste no preço do combustível em 2025, após um aumento em janeiro. Nas bombas, o diesel já acumulava alta de 5,36% nos dois primeiros meses do ano, segundo o IBGE. O anúncio foi feito pela presidente da estatal, Magda Chambriard, durante um evento ambiental com o BNDES. Apesar do alívio no diesel, Magda foi categórica ao descartar uma redução nos preços da gasolina por ora. Atualmente, o preço do diesel nas refinarias da Petrobras está cerca de 2% acima da média do mercado internacional, enquanto a gasolina está 2% abaixo, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Com essa nova queda, os preços da Petrobras acumulam, desde 2023, recuos de 29% no diesel, 11,7% na gasolina e 36,4% no querosene de aviação, todos descontada a inflação. (Globo)

Mercado reduz expectativa para o dólar e PIB em 2025, revela Focus

Pela terceira semana seguida, o mercado financeiro, por meio do Boletim Focus, voltou a revisar para baixo a projeção do dólar neste ano. A moeda americana, que estava cotada a R$ 5,95 nas previsões anteriores, agora deve fechar 2025 em R$ 5,92. Em 2026, o câmbio deve voltar aos R$ 6. Já a expectativa para o PIB também cedeu levemente, de 1,98% para 1,97%. No próximo ano, a economia tem previsão de crescimento de 1,6%. Quanto a inflação, não houve reajuste com relação à semana passada. Os preços devem acelerar 5,65% neste ano e 4,5% no próximo, no limite do teto da meta. Além disso, o mercado manteve pela 12ª semana consecutiva a previsão dos juros em 15% até dezembro e em 12,65% no final do ano que vem. (Meio)

Geração Z investe mais cedo que os pais, diz estudo

Um estudo do Fórum Econômico Mundial revela que a geração Z (nascidos entre 1997 e 2010) começa a aprender sobre investimentos e a investir mais cedo que as gerações anteriores. Enquanto 36% dos jovens poupam desde antes de começar a trabalhar, apenas 17% dos millenials (1981 a 1996), 10% da geração X (nascidos entre 1965 a 1980) e 8% dos baby boomers (1946 e 1964) fazem o mesmo. Uma das razões tem a ver com a pandemia, que impulsionou a poupança entre os mais jovens, com mais tempo em casa e menos gastos. Os dados fazem parte da Global Retail Investor Outlook 2024, desenvolvida em parceria com a Robinhood Markets e o Boston Consulting Group. A pesquisa foi feita em setembro com 13 mil pessoas maiores de 18 anos de 13 países (Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Irlanda, Japão, Singapura, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos). (Folha)

Operação entre Master e BRB surpreende mercado

Foi o assunto do fim de semana na Faria Lima. O Banco Regional de Brasília (BRB) anunciou a aquisição de 58% do capital do Banco Master por aproximadamente R$ 2 bilhões, em operação que mobilizou o mercado financeiro devido à situação do banco, controlado por Daniel Vorcaro desde 2017. O Master enfrentava críticas por seu modelo de negócios: pagava até 140% do CDI em CDBs (índice mais alto que o comum), dependia excessivamente de plataformas digitais e RPPS para captação, e mantinha exposição a precatórios e empresas problemáticas. Seus depósitos somavam cerca de R$ 50 bilhões em 2023 – quase metade da liquidez do Fundo Garantidor de Crédito, que tinha R$ 107,8 bilhões de reais –, situação que exigiu aportes de R$ 1,6 bilhão no primeiro semestre do mesmo ano, após tentativa frustrada de captação internacional via bonds. O Banco Central já demonstrava preocupação, alterando em 2023 as regras para precatórios e CDBs – medidas interpretadas como resposta aos riscos do Master. A transação com o BRB ainda aguarda aprovação regulatória. Além de 58% do capital total, o BRB ficará com 49% das ações ordinárias. O BRB informou também que o pagamento será dividido, com metade feita no fechamento da operação. Em nota, o Banco Central disse que, “quando protocolado o pedido pelo Banco Master”, irá avaliá-lo “tecnicamente quanto ao cumprimento dos requisitos aplicáveis”. Segundo fontes do Valor, uma das dúvidas é qual será a saída para o Master caso a operação não seja aprovada pelo BC, que deve analisar a transação com muito rigor. (Valor)

Aneel mantém bandeira tarifária verde, mas deve mudar para amarela em maio

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária continuará verde em abril, sem cobrança extra na conta de luz. É o quinto mês consecutivo com alívio para o bolso do consumidor. Segundo o órgão, mesmo com o fim do período chuvoso e a transição para a estação seca, os reservatórios seguem em níveis estáveis, o que mantém a geração hidrelétrica dentro do planejado. O cenário, no entanto, pode mudar já em maio. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) vem projetando a volta da bandeira amarela em todos os cenários avaliados, impulsionada pela piora nas previsões de chuva e pelo risco hidrológico. (Meio)

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