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Há bolsonarismo sem Bolsonaro?

Foto: Arthur Menescal / AFP

O bolsonarismo é o movimento de direita mais bem-sucedido da história da Nova República. Venceu uma eleição presidencial, chegou ao segundo turno em outra e, mesmo desobedecendo alguns marcadores do receituário de construção de um movimento político, prosperou. A consequência direta deste sucesso foi a possibilidade deste grupo de alterar a janela de percepções, transformando o bolsonarismo em sinônimo de direita.

Os estertores do bolsonarismo

Foto: Mateus Bonomi/AGIF via AFP

Não será simples aos futuros historiadores compreender o bolsonarismo como fenômeno político e social brasileiro no limiar da década de 2020. Há nele algo simultaneamente ridículo, trágico e farsesco, que marcou não apenas o retorno da direita assumida, mas o reaparecimento de uma extrema-direita que a sociedade civil democrática julgava ter sido sepultada junto com a degradação final da ditadura militar.

O autoritarismo por todos os lados

Nos últimos meses, uma sucessão de episódios cotidianos — em universidades, câmaras municipais, espaços legislativos, escolas públicas, redes sociais e debates culturais — esfrega em nossa cara um fenômeno espantoso que, infelizmente, não vem sendo acompanhado com o cuidado que mereceria: o crescimento acelerado do autoritarismo político entre nós.

A direita radical não se resume a Bolsonaro

Foto: Evaristo Sa/AFP

As instituições brasileiras — incluindo dois dos três comandantes das Forças Armadas — resistiram a uma tentativa de golpe de Estado na virada de 2022 para 2023. Seus orquestradores, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foram julgados e condenados, e a expectativa é que comecem a cumprir as penas até o fim deste ano. Mas, mesmo com esta dura e inédita resposta ao golpismo e a prisão de seu principal líder, o populismo de extrema direita não vai sair de cena. Até por não ser um fenômeno circunscrito ao Brasil.

O que o Rio nos ensina?

Mauro Pìmentel/AFP

O Rio de Janeiro certamente é uma das capitais culturais do Brasil. Ao lado de cidades como Salvador, São Luís e Ouro Preto, possivelmente, forma aquilo que poderíamos chamar de um quadrilátero de construção da brasilidade. Este, remontando historicamente à chegada dos portugueses, ao contato com os indígenas, aos embates de conquista e à incorporação forçada de corpos escravizados provenientes do continente africano.

Bancada Cristã, a base de fiéis e a pauta climática

Falar de meio ambiente no Brasil é, cada vez mais, falar também de religião. O debate sobre as mudanças climáticas, frequentemente enquadrado como um tema técnico ou científico, tem encontrado ressonância — e, em muitos casos, novas formas de engajamento — entre fiéis de diferentes crenças e espiritualidades. Mas, como a religião vem sendo utilizada e mobilizada também para a radicalização política, é especialmente entre católicos e evangélicos que se tenta polarizar uma pauta ainda não polarizada na base de fiéis. Como mostram os dados.

A lógica da escolha de Lula para o Supremo

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O processo secular de mundialização parece ter entrado num daqueles momentos de retração. O ciclo liberal e globalista que marcou o início do século 21 chegou ao fim. A promessa de uma economia sem fronteiras, de valores universais e identidades móveis entrou em crise. Há mais de dez anos observa-se um processo de desglobalização: retração das cadeias produtivas, revalorização das fronteiras e reemergência das soberanias nacionais.

Minorias que berram e maiorias silenciosas

A direita brasileira é bem maior do que o bolsonarismo, mas o bolsonarismo continua se comportando como se fosse a única e verdadeira direita — e, acima de tudo, como se fosse a voz autêntica do nosso povo. De fato, uma pesquisa recente do Instituto Ideia, feita a pedido do Meio, ajuda a distinguir com precisão as coisas quando se trata do perfil da direita no país: apenas 12% dos brasileiros são efetivamente de direita e bolsonaristas, enquanto 26% se encaixam na direita, mas não são bolsonaristas — uma proporção de um terço para dois terços.

É Supremo, mas pode melhorar

Foto: Evaristo Sá/AFP

Do julgamento de acusados de tramar um golpe de Estado à legalidade da Marcha da Maconha. Da pesquisa com células-tronco embrionárias à união de pessoas do mesmo gênero. Das terras indígenas às emendas ao Orçamento. Contam-se nos dedos os assuntos relevantes da vida nacional nas últimas décadas que não passaram ou foram diretamente decididos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cujo protagonismo atraiu hostilidade de vários setores, a ponto de sua sede ter sido vandalizada na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023.

Eduardo Bolsonaro: ação revolucionária ou devaneio político

Foto: Miguel Schincariol / AFP

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é uma figura política controversa. Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, desde algum tempo assume um perfil distinto dos seus irmãos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), cujas características de ação e fala lhe permitem transitar e dialogar nos bastidores com atores de diversas correntes ideológicas; e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), artífice das estratégias digitais do pai.