Oposição tenta votar PL da Anistia com urgência
Enganou-se quem pensou que o projeto de anistiar golpistas do 8 de janeiro estava com os dias contados após Jair Bolsonaro e sete militares se tornarem réus por tentativa de golpe de Estado. Apenas seis dias depois da decisão inédita da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, o PL da Anistia (projeto de lei 2858/2022) será prioridade nesta semana nas conversas entre os líderes dos partidos e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Deputados favoráveis à ideia aguardavam o retorno do paraibano de sua viagem de uma semana ao Japão e ao Vietnã, onde integrou a comitiva do presidente Lula, e devem se reunir com ele hoje para debater a tramitação da proposta (íntegra). O Partido Liberal, do ex-presidente, é o principal interessado em acelerar o processo. A oposição tem pressionado Motta desde o início do ano legislativo, em fevereiro, para ele pautar o texto. E o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirma que ao menos mais sete líderes (das siglas União Brasil, Republicanos, PSD, Progressistas, Podemos, Novo e PSDB, além do PL) se comprometeram a apoiar a iniciativa. Cavalcante considera que já tem mais de 300 votos e por isso quer apresentar na quinta-feira um pedido para o texto ser votado em regime de urgência, diretamente no plenário, sem passar pelas comissões. (Poder360)
Bolsonaro admite que cogitou ‘intervenção’ após eleições

Ex-presidente reiterou sua estratégia de defesa ao afirmar que estudar “alternativas” ao resultado eleitoral não é tentar um golpe. Manifestações contra a anistia mobilizam poucas pessoas pelo Brasil. Terremoto em Mianmar deixa ao menos 1,7 mil mortos e provoca tragédia humanitária. Academia Brasileira de Letras perde dois imortais, Heloísa Teixeira e Marcos Villaça. E o WhatsApp agora permite música no status.
Edição de sábado: Quatro estrelas e uma sentença

Cinco votos, não necessariamente em uníssono, mas com a mesma conclusão, escreveram nesta semana um novo capítulo no manual de como o Brasil lida com as tentativas de solapar a democracia. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) transformou em réus por tentativa de golpe de Estado oito acusados, encabeçados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Tão importante quanto — talvez até mais importante que — a abertura do processo contra o antigo chefe do Executivo é a inclusão de quatro nomes: os generais de exército Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e da Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-comandante do Exército) e o almirante de esquadra Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha), todos hoje na reserva. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, completa a lista de réus fardados.
PGR pede arquivamento de caso da vacina de Bolsonaro

Em seu parecer, Paulo Gonet diz que acusação ao ex-presidente se sustenta somente na delação de Mauro Cid, sem comprovação por documentos ou outras testemunhas. Para especialistas, movimento enfraquece discurso de perseguição política nos demais casos. Governo veta divulgação pelo MEC de dados sobre a educação básica. Cinco exposições marcam inauguração nesta sexta-feira do anexo do Masp. E aplicativo de IA que transforma fotos em ilustrações de anime vira febre nas redes.
Bolsonaro no banco dos réus

Por unanimidade, primeira turma do STF aceita denúncia por tentativa de golpe contra o ex-presidente e outros sete acusados, incluindo os generais Braga Netto e Augusto Heleno. Julgamento deve acontecer até o fim do ano. Florestas tropicais não estão conseguindo se adaptar rapidamente às mudanças climáticas, comprova estudo. Após OpenAI e Google, Microsoft revela novos recursos de sua ferramenta de IA. E confira as estreias desta quinta-feira nos cinemas.
Musk, Zuckerberg e o ‘primeiro-emendismo radical’

Em uma sociedade na qual o exercício da cidadania é intermediado por tecnologias digitais, decisões sobre tais tecnologias tomadas por empresas e instituições têm impacto frontal nos direitos humanos e na política democrática. A ideia de políticas digitais delimita o campo dentro do qual essas escolhas são feitas, debatidas, reguladas, analisadas e disputadas. Quando quase toda a comunicação política no globo já é feita pela internet, falar de políticas digitais é discutir a principal infraestrutura disponível para a participação política, liberdade de expressão e de associação e uma série de outros direitos.
Turma do STF nega todos os recursos de Bolsonaro

Advogados ficaram animados com a divergência de Luiz Fux, que tentou levar o caso para o Plenário do Supremo e criticou a delação de Mauro Cid. Julgamento será retomado na manhã desta quarta-feira. Rússia impõe condições para aceitar cessar-fogo com a Ucrânia no Mar Negro. Médicos do papa cogitaram interromper o tratamento e “deixá-lo ir”. Israel liberta cineasta palestino preso após ser espancado por colonos na Cisjordânia. E o Google apresenta a nova geração do Gemini, sua ferramenta de inteligência artificial.
Aliados de Bolsonaro preveem derrota sólida no STF

Primeira Turma do Supremo começa a decidir hoje se ex-presidente e mais sete aliados se tornarão réus por tentativa de golpe de Estado. Brasil ocupa o 10º lugar no ranking de países mais afetados por mega secas. Codiretor de ‘Sem Chão’, documentário vencedor do Oscar, é atacado por colonos israelenses e está desaparecido. E Gemini do Google agora enxerga tela e responde em tempo real.
Consignado CLT ultrapassa 40 milhões de simulações

Três dias após ser lançado, novo programa de crédito para trabalhadores com carteira assinada tem 11 mil contratos fechados. Papa Francisco recebe alta depois de 38 dias de internação. Filme sobre Branca de Neve é o maior fracasso de estreia dos live-actions da Disney. E CNJ estuda adotar biometria para reduzir erros em mandados de prisão.
Edição de Sábado: Uma dor sem nome

“Uma das maiores dores que eu carrego é de não lembrar o rosto da minha filha.” Não existe um nome para essa dor. Para esse luto. Seja por sua vastidão ou pela absurda ruptura do ciclo natural da vida, o sofrimento de uma mãe que perde o filho ou a filha que gestou plenamente, sem sobressaltos, seja perto de seu nascimento ou instantes depois dele, é algo com que a sociedade – e mesmo os profissionais de saúde – não estão aptos a lidar. E, assim, esse luto comumente as condena a uma solidão avassaladora. Mas um grupo está disposto a quebrar esse silêncio e esse tabu, com muito estudo, acolhimento e afeto. E é ao relato dessas pessoas que este texto se dedica – o que pode trazer luz ao assunto, mas também pode ser doloroso demais para quem passou por algo semelhante. Este é o alerta de gatilho que fazemos.